11/11/2008 – 18º Dia

Chegando em El Chalten
Hoje nosso destino é El Chaltén, para conhecer os Fitz Roy.
Saímos da Hosteria Cañadon Leon, que possui bons “departamientos” e boa comida e recebe o nome do vale onde a cidade de Gob. Gregores está localizada, às 08:15h, depois de cantarmos parabéns e presentearmos com uma lembrançinha do grupo, o nosso amigo e companheiro calango Nakamura, que hoje completou 57 primaveras. Foi um momento de descontração logo no início do dia! Muitos anos de vida e aventura Naka!
Hoje também è aniversàrio do nosso grande amigo Silva, que esta acompanhando nossa viagem là de Aracaju, e para ele deixamos um grande abraço e parabéns de toda turma da Rota Glacial!
Depois fomos abastecer as TRs para prosseguir nossa viagem.
Gobiernador Gregores é uma cidade “perdida” no meio de enorme savana, onde a principal fonte econômica é a mineração, com a exploração de prata e ouro (produção média de 600 a 700kg de ouro a cada 6 meses). A exploração é feita por uma empresa norte-americana, que emprega cerca de 1200 funcionários mas, em compensação, leva grande parte da riqueza para o seu país.
A cidade é organizada e observa-se que há circulação de dinheiro, pois os automóveis são novos e caros, bem como as pessoas mais bem vestidas e lojas sortidas e maiores do que as das cidades pelas quais passamos neste lado da Argentina.
Resolvemos pernoitar em Gob. Gregores devido às precárias condições de hospedagem de Bajo Caracoles (onde estava prevista parada no roteiro). Rodamos 57km a mais por uma excelente estrada de rípio e com a visão de um lindo pôr-do-sol patagônico e de uma paisagem bastante selvagem – com a presença de muitos guanacos (em manadas ou em pequenos grupos), e pouquíssimos outros animais, tais como marrecos, emas, avestruzes, lebres, veados, belos cavalos selvagens e tatus. Esta parte da patagônia é um grande deserto esverdeado, com grandes muralhas de rochas o circulando, onde pudemos sentir os fortes e frios ventos, que faziam as Barbies deslizarem nas pedras da carretera e o alarme da TR do calango Guerra disparar parado no estacionamento do hotel, mas que também nos mostrou uma beleza selvagem, “in natura” – sui generis!
Neste trecho da viagem, exatamente às 09:54h, completamos 9.000km de expedição rumo ao fim do mundo! Ou será que já não estamos no fim do mundo?! Suzete registrou no GPS.
De volta à “Ruta 40”, nos deparamos com o Lago Cardiel, de águas ora verdes, ora azul turquesa, no meio do deserto... – do outro lado, uma montanha gelada.
A conversa pelo rádio ficou por conta das observações de Denise sobre os postos Petrobras na Argentina. Sobre este assunto vale abrir um parêntese para registrar as excelentes condições dos postos Petrobras – ponto de preferência dos calangos expedicionários do fim do mundo para o abastecimento das TRs. Os postos Petrobras são todos padronizados, muito limpos, excelentes lojas de conveniência, onde se pode encontrar do cafezinho, lanches rápidos, gostosos e prontos, até souvenirs locais e da BR Mania. Os frentistas possuem uniformes padronizados e bonitos e o nível de qualidade no atendimento é excelente! A maioria aceita cartão de crédito (raridade nas localidades da Ruta 40).
Na altura do km 80, saindo de Gob. Gregores, há uma bela estância (Sibéria) que também pode ser utilizada como hospedagem para os viajantes e amantes do turismo rural ou ecoturismo. Entretanto, é necessário reservar com antecedência. Aliás, há diversas estâncias ao longo da estrada, mas a que achamos mais bonita foi a Sibéria.
Próximo da localidade de Três Lagos, paramos num posto de gasolina para o “pipi stop” e tomar um cafezinho quente com empanadas. Qual foi a nossa surpresa em encontrar centenas de adesivos de aventureiros expedicionários de diversos lugares do mundo e do Brasil (MG, RS, PR, SP, RJ, SC, etc.) motorizados em suas 4x4, motor-homes e ainda motocicletas. Achamos muito legal saber que não somos os únicos que gostam de se aventurar para admirar belas paisagens e viver grandes e diferentes emoções! É claro que a Expedição Fim do Mundo também colou seu adesivo lá!
Mal saímos do posto, tivemos que retornar, pois o Naka ouviu um barulho no freio e achamos melhor dar uma verificada. Mas foi só um susto, um problema pequeno, e em alguns poucos minutos depois, estávamos de volta a nossa viagem, desta vez por asfalto muito bom! Por essa o Naka vai pagar mais uma garrafa de vinho hoje! No total de duas: uma pelo “niver”, outra pelo atraso (rsrs).
Prosseguindo viagem, mais uma chuvinha básica da patagônia e mais surpresas: um lago imenso, o Lago Viedma, que segue até El Chaltén (em torno de 70km).
Em determinado trecho da estrada, voltamos a admirar os picos nevados da cordilheira andina com sua beleza imponente! Uma chuva intermitente nos acompanhou neste trecho da viagem. Torcemos para ela nos dar uma trégua para podermos ver os Fitz Roy.
Chegamos á cidade de El Chalten, capital do trekking e preferida do montanhismo, sob um frio de 2 graus, nos hospedamos no Hotel Lago Del desierto.

3 comentários:

  1. Anônimo11/11/08

    Pessoal,

    Obrigado pela lembrança do meu aniversário.

    Acabamos de comemorar com vinho, lagosta e bacalhau.

    Ao meu amigo Naka meus votos de muita paz e felicidades.

    Para todos vocês, votos de muita sorte e sucesso na missão.

    Um grande abraço dos amigos,

    Silva e Leó.

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  2. Anônimo11/11/08

    Muito obrigado pela lembrança do meu aniversário.

    Ao amigo Naka votos de muita paz e felicidades.

    Boa sorte aos calangos da rota glacial.

    um grande abraço.

    Silva e Leó

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  3. Anônimo12/11/08

    Camarada Naka, parabéns! e muitas aventuras pela frente! Traga um vinho pra gente comemorar.
    Silva, pra ti também, grande abraço.
    É isto aí, algum dia ainda chego lá ;-)

    Abrçs,
    Enio/Marines

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