08.11.2008 - 15 Dia

Trecho Puyuhuapi - Coihaique
Saímos de Puhuyhuapi às 09h, depois de tomarmos um delicioso café da manhã junto com D. Úrsula, a simpática (e esperta) alemã que nos recebeu muito bem em sua aconchegante pousada – nós a presentamos com uma camiseta da expedição e ela presenteou as calangas com uma muda de salsa parrilla, uma plantinha importada da Alemanha, que segundo ela, vai adorar o clima do Brasil. Nossos calangos calibrarem os pneus de nossas máquinas e lá fomos nós pela Carretera Austral...
O frio era de 0ºC no momento da saída. Passamos pelo pequeno porto da cidade, que se localiza às margens de uma linda baía do Oceano Pacífico.
Um pouco mais à frente o sol nos brindou com uma deslumbrante paisagem – a baía do Oceano Pacífico de um lado e as montanhas cobertas de gelo à nossa frente! Para completar, um arco-íris cortava o céu. Impossível descrever tanta beleza!
O ritmo da viagem a partir daí foi bem mais lento devido às condições da carretera. Entretanto, achamos que a mãe natureza fez isso de propósito, para nos fazer perceber o quanto o nosso planeta é lindo e o quanto temos a obrigação de preservá-lo para que as futuras gerações tenham a oportunidade de desfrutá-lo. Até o mais duro dos homens se emocionaria com esta paisagem!
Mais adiante, entramos na trilha para chegarmos ao Ventisqueiro Colgante - um glaciar pendente, isto é, uma linda cachoeira rodeada de montanhas geladas, que no inverno fica congelada. Esse belíssimo ventisqueiro colgante forma um lindo riacho (arroyo) do mesmo nome. Fomos de carro boa parte da trilha, seguindo a pé para o “mirador” cuja trilha é literalmente fantástica! Parecia que estávamos num filme cujos personagens eram duendes. Pela trilha se formam musgos, minúsculas avencas que depois se tornam gigantescas, árvores que mais parecem bonsais japoneses – Miriam e Nelson adoraram! Elenita e Naka curtiram muito! Denise, Marcos, Suzete , Marco Aurélio e Guerra foram os que primeiro se aventuraram pela trilha – não queriam perder nada! Mesmo chuviscando, todos vestiram suas capas e puderam se encantar com a beleza do Ventisqueiro Colgante – até que poderia se chamar DESLUMBRANTE!
Voltando pela trilha, seguimos para a passarela – uma ponte sobre o rio Ventisqueiro. De lá pudemos ver melhor a bela cachoeira pendente, rodeada de montanhas geladas, encravada dentro do Parque Nacional de Queulat, Región de Aysén.
Para sair do parque as calangas foram para o volante para descer a trilha até a Carretera Austral. De lá seguiram os calangos, mais experientes neste tipo de estrada.
Subindo a Carretera fomos presenteados com a neve cobrindo a vegetação e a trilha – um espetáculo à parte! Patinamos com as Barbies em 15 cm de neve e a uma temperatura de -0,5ºC – estávamos no Bosque Encantado (nome dado ao local pelos chilenos). E o local faz jus ao nome, pois ficamos encantados! Os calangos pararam para brincar e tirar fotografias.... O Nelson sempre com a filmadora na mão, registrando tudo (só pra fazer inveja). A verdade é que gostaríamos que todos os nossos familiarews e amigos pudessem estar aqui conosco para apreciar tanta beleza! A Suzete se sentiu nos alpes suíços e a Denise, lembrando de sua filha, sobrinhas e netas lembrou também da festa do Natal! Foi muito legal! Um dia realmente muito diferente para os calangos! Neve em plena primavera patagônica!
Os calangos Marines e Ênio tinham mesmo razão: Este lugar é mágico!
Mais adiante pegamos trechos asfaltados na estrada até chegar em Coihaique, uma cidade situada nas encostas das montanhas.
Nos hospedamos na Hosteria San Raphael e jantamos no Restaurante La Florentina, indicado pela Sra. Úrsula, de Puyuhuapi

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu recado para o grupo da Rota Glacial