01.11.2008 – 8 Dia

Depois de todas as obrigações matinais (arrumar mala, café da manhã, PGV) deixamos o Hotel La Negra na cidade de San Francisco, na província de Córdoba e seguimos até onde nosso fôlego agüentar.
Em comboio, todos com faróis acesos, em sequência, a próxima cidade será Córdoba, capital da província do mesmo nome.
Estamos procurando pernoitar em cidades menores para facilitar a acomodação do grupo, pois como viajamos sem reservas em hotel, é difícil circular 5 carros em cidade grande. Estas cidades são apenas pontos de passagem, pois nosso grande objetivo é a Patagônia e seus Glaciares, especialmente o Glaciar Perito Moreno. E como diz Figueira, nas cidades menores a gente interage melhor com a comunidade, temos mais tempo de admirar os hábitos e costumes dos habitantes.

Hoje começa a segunda semana da nossa expedição. É uma grande satisfação vermos se concretizando o planejamento que começou há um ano, quando o sonho de Marco Aurélio e Nakamura saiu da cabeça e passou para o papel. Faltava ainda a adesão de mais companheiros, o que foi muito bem trabalhado pelos dois, tanto que os amigos Figueira e Nelson compraram carros iguais ao dos dois (se a Mitsubishi souber disso!) para facilitar a logística na viagem. Guerra já proprietário de uma TR e companheiro da rota anterior, confirmou sua presença o que deu mais firmeza a viagem.

Agora estamos seguindo pela Ruta 19, a partir de San Francisco. Esta Ruta se torna bem mais larga, o relevo ainda é bastante plano e muito verde. Logo, logo, chegaremos a Córdoba. Nesta rodovia existem vários bosques de “parada” – são árvores frondosas com mesinhas embaixo, próprias para um bom piquenique. Paramos numa bem agradável só para fotografar.
A paisagem continua linda – esta área é próspera – plantações de trigo, criação de gado, por isso não se vê pobreza.
Não faz frio hoje, mas a previsão é de tempo nublado, sujeito a chuvas – ontem a Denise viu no jornal local que no sul da Argentina (nosso destino principal) o tempo deve piorar – espera-se uma tormenta com ventos de mais de 120km/h.
Nesta rodovia, a "antropóloga" da expedição, Professora Helenita Nakamura, ficou encantada com os cemitérios que parecem palácios. Mostrou ainda para o grupo que nos túmulos de beira de estrada, a forma como os familiares e amigos saúdam seus mortos, que além de uma cruz de madeira, colocam bandeiras vermelhas e muitas vezes objetos pessoais do falecido, tudo isto herança da colonização espanhola.
Em praticamente todas as cidades que passamos, observamos o aspecto religioso bastante forte – em quase todas as vias públicas há imagens há imagens de santos ou santas (Maria possui vários sobrenomes na Argentina).
As cidadezinhas para este lado central da Argentina são bem cuidadas e limpas (pelo menos as que margeam as “rutas”).
Na cidadezinha de Arroyto paramos para adimirar um lindo Hostal (pousada), no meio de uma plantação de ciprestes e mais adiante um bosque, chamado San Januário.
Após esse lugarlizinho, Arroyto, a vegetação mudou completamente. Guerra explicou que nesta área a criação de gado já para produção de leite, o que faz com que os produtores plantem cevada para alimentar o gado – isso explica a quantidade de silos para armazenar o produto.
Depois de passarmos na cidade de Córdoba tomamos uma estrada chamada “Camino de las Sierras”, saindo para a cidade de Mina Cavaleros, passando pela “Quebrada del Condorito”, subindo uma serra de 2.200 m de altitude. Os calangos escolheram este caminho mas não sabiam que daria nas serras de Córdoba – uma ótima surpresa – a paisagem é deslumbrante, com suas montanhas e pequenos cânions – uma paisagem mais dura, completamente diferente da anterior. Começou uma chuva que mais parecia granizo, e a temperatura caiu bruscamente. Aqui já foi o primeiro pára-brisa, o do companheiro Marco Aurélio, foi trincado. Ficou a dúvida, ele não soube se foi uma pedrinha, ou a força do pingo da chuva que mais parecia granizo (rsrs). Paramos todos para dar uma mãozinha e aproveitamos para admirar mais ainda a bela paisagem no Mirador de Los Minbres.
Chegamos na cidade de San Luis, fomos direto a uma estação termal procurar uma cabaña, mas não deu certo, não tinha vaga para todos. Voltamos para a cidade e aqui pernoitaremos.
PS.: Os Calangos aproveitam para desejar ao João (cunhado da Denise) um FELIZ ANIVERSÁRIO.
OBS.: Para fazer um comentário para o grupo da Rota Glacial, clique o mouse em cima da data.

6 comentários:

  1. qualquer coisa que prescisar na patagônia pode procurar o senhor Horácio,é conheçido meu e do Jonas.
    Ele que se ofereceu, ele estava em ponta negra e viajou a pouco tempo, ele tem negoçios nessa região.
    patagoniarider.com
    tel: 56-9-94389781

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  2. qualquer coisa que prescisar na patagônia pode procurar o senhor Horácio,é conheçido meu e do Jonas.
    Ele que se ofereceu, ele estava em ponta negra e viajou a pouco tempo, ele tem negoçios nessa região.
    patagoniarider.com
    tel: 56-9-94389781

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  3. Mainhaaaaaa!!
    Nossa, até que enfim conseguimos mandar esse bendito comentário,
    por aqui esta tudo bem, hoje (domingo) estamos todos na casa do vovô, mais vamos almoçar fora.
    estou com MUITAS saudades!
    beijo pra você e para todos os calangos!
    Aaah, esse nome tem que ficar msm
    é bem mais bonitinho!
    divirta-se e te amo ♥

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  4. Anônimo2/11/08

    Beleza camaradas.
    Estou com uma puta inveja mas a vingança será maligna!!!
    Continuem tendo uma boa viagem e aproveitem bastante, inclusive a mesa do Marco Aurélio.
    Abrçs,
    Enio

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  5. Anônimo2/11/08

    Boa noite gente boa. Que bom ler sobre o quanto voces estão se divertindo. Marco cuide bem da mesinha pois ela ainda nos fará grande companhia. Se o Naka não acreditar que é de grande serventia ele que segure o copo de cachaça na mão, que tal Naka? Convencido da utilidade? Um abraço a todos e estarei sempre a espera de noticias. Marinês. Já com vontade de ir para a TransAM.

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  6. Aí pessoal. Sucesso nesta viagem maravilhosa !

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