30.10.2008 – 6 Dia


A Cidade de Dionísio Cerqueira no extremo sul do estado de Santa Catarina foi a fronteira escolhida para ingressarmos na Argentina. Puerto Iguazu, além de grande congestionamento, é a entrada mais comum, preferimos fugir dela.
Aqui em Dionísio Cerqueira fomos carinhosamente recebidos pelas pessoas que nos procurava querendo saber tudo da nossa expedição. Até pensavam que estávamos sendo patrocinados pela Mitsubishi, aliás não foi aqui, em diversos lugares onde passávamos o pessoal nos abordava querendo saber se estávamos participando de Rally da Mitsubishi, pois estamos em 5 Pajero TR-4 da MIT (vamos testar as maquininhas no gelo).
Às 7:30 hs encerramos nossa conta no Hotel Província, e fomos fazer nossos alongamentos matinais/ PGV (nós vamos patentear esta sigla). Quando concluímos, comentamos como a nossa coordenadora de PGV, Denise Figueira é rigorosa nos exercícios, não falha um dia. Na viagem anterior (Rota Andina) nossa coordenadora foi Mara, que chegava sempre atrasada, fazia duas posturas.. e pronto, já liberava o grupo. Moleza. (Brincadeirinha, Mara, só pra dizer que lembramos de vocês).
Às 8:30 estávamos nós na Paso Fronteiriço para cumprirmos os requisitos legais de acesso ao país portenho: Alfândega/Receita Federal, para declaração dos equipamentos eletrônicos, Imigração, para apresentação dos documentos pessoais e dos automóveis, a carta verde é o primeiro documento a ser apresentado, e por último a revista das bagagens. Nada perecível (rsrs). Gentilmente o Guerra deu um “regalo” pro guardinha, que quis a princípio quis saber o nosso roteiro, mas quando Marco Aurélio começou a elencar as cidades os nós íamos passar, ele não quis nem saber o roteiro todo, deu tchau e desejou boa viagem.
Às 9:30 já efetivamente em solo argentino, fomos pegos na primeira fiscalização, mostrar a documentação e liberados e o serviço de meterologia anunciando a previsão de continuar as fortes chuvas que caíram ontem.
Seguimos para a cidade de San Pedro, para isto tomamos a ruta nacional 17 e logo depois a 20. Estas duas rotas que ficam na província das Missões, é uma área onde a mata é bastante preservada o que torna a viagem muito agradável. A temperatura já não está tão baixa como previa a metereologia.
A cidade de San Pedro na verdade é uma vilazinha no meio da mata verde, lembrando as cidades da Amazônia boliviana, as quais percorremos na rota andina.
Logo em seguida a cidade de San Vicente, também encravada na mata, aparenta ser uma cidade turística, pois vimos bastantes placas de serviços aos turistas. A via que contorna a cidade é de singular beleza, com árvores altas e flores amarelas e rasteiras. Era por volta de meio dia e crianças alegres voltavam da “escuela”, reduzimos a marcha para apreciar aquela alegria.
O lugar era convidativo para um pic-nic, e não tivemos tivemos dificuldade de encontrar uma frondosa sombra para inaugurarmos a mesinha de camping de Figueira, que juntamente com a viajada mesinha de Marco Aurélio compôs uma mesa de banquete. O lanche foi simples, mas as comidas era o que menos nos importava, queríamos mesmo era curtir o lugar, sem pressa.
Na sequência a cidade de Oberá era a nossa intenção de pernoite, porém chegamos ainda cedo e resolvemos seguir mais um pouco, afinal hoje nós não temos destino, temos apenas uma rota. Um cortejo interrompeu o trânsito local o que dificultou um pouco travessia pela cidade.
O Guerra muito observador, falou pelo rádio que vem observando que em cada escola das cidades por onde já passamos hoje, existe uma bandeira argentina hasteada na frente. Isso gerou uma enriquecedora discussão, sobre o sentimento de nacionalismo dos argentinos, fizemos comparações com outras nações que já não ostentam mais seus ícones nacionais... acabamos falando das transformações impostas pela globalização e outras coisinhas mais.
O papo rolou tanto que já estamos chegando na vizinha cidade de Santo Tomé já na província de Córdoba. O nosso pic-nic do almoço despertou no grupo uma vontade danada de um camping, afinal trouxemos tanta tralha para acamparmos e estamos ansiosos para usá-los. Fomos direto para um Camping... Que decepção! A enxurrada de ontem elevou o nível do Rio Uruguai em 12 metros e inundou o camping. Estava todo literalmente coberto de água: as churrasqueiras, as mesinhas, etc... até canoas navegavam entre elas. Que pena, não foi hoje.
Fomos direto procurar hotel. Fomos em 2 e lotados. No terceiro encontramos abrigo, descemos as malas, e fomos circular pela cidade, que é toda cercada de muito verde e sua principal atração turística é o Rio Uruguai que banha toda a cidade, e um bonito cassino, em torno do qual gira a economia local. Circulamos e depois fomos “bossar” no cassino, tomamos cerveja e tira gosto, depois voltamos pro hotel. Hoje é o dia de Denise e Figueira pagarem um vinho pelo atraso do primeiro dia de viagem.


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