21.11.2008 - 28 Dia

Rio Gallegos - Puerto San Julian

Saímos de Rio Gallegos às 10:20h. Os Calangos Glaciais estavam precisando descansar mais um pouquinho. Com a saída mais tarde foi possível explorar as ruas em torno do Hotel Sehuem, onde ficamos hospedados. Miriam e Selma descobriram uma quitanda e trouxeram deliciosas e frescas frutas para o grupo – a sensação foram as cerejas, que levaram todos de volta à quitanda para comprar mais e, por tabela, também damascos.
Embora as cidades ofereçam frutas para vender, os hotéis não têm a prática de faze-lo. O café da manhã é sempre muito simples – pão torrado, croissant, manteiga, geléia, leite, café e chá. Em compensação, os restaurantes são muito bons. O que jantamos ontem à noite, o EL ROCO, situado na Av. San Martin, Rio Gallegos, a comida servida foi espetacular! Os pedidos foram variados – salmon, merluza negra, bife de chouriço, robalo, ... – todos muito bem servidos, deliciosos e fomos muito bem atendidos. Vale a pena conferir ao passar por lá. Ah! E nossos calangos ainda mataram a saudade da Estella Atoir (cerveja Belga servida na Argentina). Valeu a pena!
Os argentinos são muito receptivos e em todos os lugares que passamos, com raríssimas exceções, fomos tratados com muita atenção, carinho e bom humor! Já não podemos dizer a mesma coisa dos chilenos. Estes já mais mais reservados, introspectivos, austeros e desconfiados – cuidadosos, diríamos. Mas realmente não sentimos neles a receptividade dispensada pelos argentinos.
O tempo, diferentemente de ontem, não amanheceu com sol, nem com chuva, mas sim um pouco nublado, mas não fazia frio – apenas ventava muito!
Pegamos o asfalto – ruta 3 agora terá poucos trechos de rípio até chegarmos em Buenos Aires – um alívio pra quem já pegou muita poeira durante todos esses dias.
Como de praxe, na saída, os calangos se reuniram em volta do mapa do Naka, para definir os nossos destinos daqui para frente e o Figueira atualizou os dados da planilha de custos da viagem para todos pelo rádio.
A paisagem inicial continua sendo de estepes – cavalos de pau (unidades de bombeio de petróleo) aparecem aqui e ali. Na aduana encontramos um casal de petroleiros da UN-RIO, que também havia descido até Ushuaia e já estava de retorno. O muito é muito pequeno!
Nesta parte da viagem a fauna é de muitos rebanhos de cordeiros, salpicados nessa imensidão plana, vazia, quase desértica. Somos tão pequenos!
O vento é fortíssimo! A sensação que temos quando um caminhão nos cruza pela estrada e que está voando! Todo cuidado é pouco ao guiar, pois os carrinhos pegam o vácuo do vento.
Pequenos charcos de água de formam, como uma espécie de oásis e neles estão presentes diversos tipos de aves – inclusive os cisnes de pescoço negro e os flamingos – lindos!
Há 100km de Rio Gallegos aproveitamos que existia uma placa de posto de serviço e resolvemos abastecer os carros, pois daqui pra frente há perigo de ficarmos sem combustível pela falta de postos. Paramos na Pousada Lemarchans, nas proximidades de Puerto Santa Cruz, mas não havia combustível. Entretanto, encontramos guloseimas exóticas da região e empanadas para almoçarmos. O local é bastante agradável, limpo e bonitinho. Fomos muito bem atendidos.
Chegando mais perto de Puerto Santa Cruz eis que aparece, no meio do nada, um lindo Rio Santa Cruz, na entrada do complexo turístico da Islã Pavon. Admiramos suas águas multicoloridas – verde, azul, cinza – belo! Paramos para tirar fotos e “voar” – o vento ali é intenso!
Entramos para conhecer o complexo – um lugar aconchegante, com área para camping, uma bela vista do rio, com infraestrutura organizada e até um pequeno hotel. Muito bonitinho! Se não fosse o vento, dava até para acampar!
Chegando em Puerto San Julián foi a vez de “quase” estrearmos o cambão do Guerra. O TR do Figueira ficou presa num pequno barraco feito num desvio da estrada. Mas bastou dar uma empurradinha e lá fomos nós.
Fomos abastecer as barbies e depois decidimos ir ao terminal turístico para pegar informações sobre passeios. Saímos então para fazer um circuito coletivo de trilhas, beirando a Playa de Beagle, que é uma grande baía onde se localiza uma pequena croa de aves aquáticas, e diversas outras praias, como a praia da Tumba, onde literalmente há a Tumba Scholl e alguns faróis. Esta baía faz contato com o Oceano Atlântico e, em suas margens, há falésias muito bonitas, onde o mar vai se encostar. Antigamente, nesta baía, funcionava o Frigorífico Shwit, hoje abandonado. Nets local encontramos as suas ruínas e o que nos pareceu ser um trilho do trenzinho que levava os pescados (qye achamos serem baleias) do mar até o prédio central.
Por esta trilha pasamos por diversas praias – los Pescadores, Pigafetta, etc, é pelo Faro de Punto Curioso. Paramos ainda numa loberia (lobos marinhos), e não havia lobos neste horário. Mas a praia era cheia de pedrinhas multicoloridas e de milhares de cascos de búzios e mexilhões. Lindos paredões falesianos nos circulavam.
O passeio terminou por volta das 18:30h, quando resolvemos voltar e procurar hotel para dormirmos.
Todos os lugares que visitamos até agora nos brindam com lindas surpresas. Tudo parece conspirar a nosso favor...
Ficamos hospedados no Hotel Municipal de Puerto San Julián. Suas instalações são novas e modernas, de bom gosto e fomos muito bem atendidos. Além do mais, o preço é bastante razoável se comparado aos outros hotéis da cidade. Fica na beira da praia e os apartamentos têm vista para o mar. Os sortudos calangos Helenita e Nakamura foram sorteados com a suíte do governador da província. Fizemos a rodadinha na antesala deles antes de nos dirigirmos para o restaurante Naos (também a beira-mar), onde há boa comida, mas o atendimento é lento e faltam cervejas....
Bem à frente deste restaurante está uma réplica da Nao Vitória, vinda com a esquadra de Magalhães ao local e a única que se salvou de um naufrágio.
Voltamos para o hotel às 23h para sonhar com o dia de amanhã, pensando nas surpresas que ainda nos esperam.

Um comentário:

  1. Anônimo21/11/08

    Wanor e Selma(painho e mainha)...estamos c saudades...
    Patricia
    Neto
    Polyanna
    Edson Filho e Enzo...

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