25.11.2008 - 32 dia

Península Valdés

Hoje o dia foi leve. O Naka deixou a gente acordar mais tarde... O passeio seria mais devagar e tranqüilo. E, à tarde, o passeio de barco para ver as baleias francas austrais.
A programação foi visitar a Península Valdés, para ver Caleta Valdés, Punta Cantor e Punta Delgada.
Pegamos então mais estrada de rípio até Punta Cantor. No caminho, paramos num mirador para ver mais pingüins. Aqui eles são em menor quantidade. Mas foi possível ver um casal de “asas” dadas – os pingüins são monogâmicos e os machos revesam com a fêmea a tarefa de chocar e alimentar os filhos – muito interessante e bonita. Uma curiosidade é que quando voltam para a terra, sempre voltam para a mesma toca (sua casa).
Mais adiante, mais uma parada – desta vez para ver elefantes marinhos, centenas deles...se esquentando na beira da praia e jogando terra em seus corpos.
Em Punta Cantor foi possível ver a beleza da Caleta Valdés, um acidente geográfico que, no passado, já serviu de refúgio para navios quando o mar estava em tormenta e também para náufragos. Conta-se que em 1905 um navio, para fugir de uma tempestade, procurou abrigo na caleta, mas afundou na sua entrada. Hoje é possível ver, quando a maré está baixa, o mastro deste navio.
Além da caleta, foi possível também fazer uma trilha até bem próximo à praia para admirar os elefantes marinhos – os machos chegam a pesar cerca de 4000kg e as fêmeas até 900kg – são enormes e engraçados ao se movimentar.
Saindo de Punta Cantor, a calanga Denise estreou no rípio – pilotou a Barbie até Punta Delgada.
Em Punta Delgada, também vimos elefantes marinhos e uma bela praia, com uma enorme falésia de aproximadamente 50 metros de altura. Para ver os elefantes marinhos de perto, só com binóculo.
Ao voltarmos para Puerto Pirâmide, passamos ainda por duas salinas naturais – dois lagos de sal. Muito diferente....mas um passeio inesquecível nos aguardava. Fomos para o embarque da Whales Argentina para pegar a lancha que nos levaria às “ballenas” (baleias). Como ainda estava cedo para o embarque, preferimos aguardar num café onde os calangos tomaram uma cerveja e as calangas saborearam alguns quitudes galeses. Desta vez não estavam conosco os calangos Guerra e Selma, pois Selma gripou e não quis correr o risco de ficar pior. Uma pena porque o passeio foi lindo! Inesquecível!
O guia falava espanhol, inglês e português muito bem e nos orientou sobre as normas de segurança e nos informou o tempo todo sobre as baleias. O passeio pelo Golfo Nuevo até chegar as baleias francas foi de aproximadamente 20 minutos e aí começou a alegria. Cinco baleias rodearam o nosso barco, que ficou parado para admirá-las bem de perto – elas são muito dóceis e curiosas. Os filhotes são uma verdadeira atração – dão saltos, batem o rabo na água para chamar a mãe, gritam – um espetáculo! A certa altura a baleia mãe nos permitiu um susto e um grande momento: subiu à superfície bem ao lado de nosso barco e passou por debaixo dele. Foi uma maravilha! Valeu a pena! Ficamos encantados por duas horas, no meio das baleias francas! Helenita e Suzete que estavam com medo do passeio, adoraram! Só se vive assim, vivendo! Foi lindo demais!
Retornamos ao porto por volta das 18:30h. No retorno foi possível entender porque Puerto Pirâmide tem esse nome: ao longo da costa uma parede enorme de areia sobreposta se ergue, fazendo formas de pirâmides...uma beleza! A água do mar contrasta com as dunas de areias cinzentas...
Uma emoção para ser sentida.
Voltamos ao hotel para nos organizarmos para ver o pôr-do-sol, fazer uma reunião sobre a viagem e para nos prepararmos para o jantar.
Amanhã tem muito chão pela frente. O Naka disse que não teremos mais rípio....rsrs – até quando?

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